ASPEA promove Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas

Voluntariado Jovem

Durante o mês de outubro, o Núcleo da ASPEA Aveiro envolveu 11 jovens voluntários em diversas atividades de proteção e valorização das florestas e da natureza, com o apoio do Instituto Português do Desporto e Juventude.

O Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas é um programa de voluntariado juvenil, que decorre durante todo o ano, no âmbito da preservação da natureza, florestas e respetivos ecossistemas. Pretende-se sensibilizar as populações, prevenir contra os incêndios florestais e outras catástrofes com impacto ambiental, monitorizar e recuperar territórios afetados por incêndios. Estes trabalhos são, também, de máxima importância para as atividades práticas do projeto CAREFOREST, um projeto ERASMUS+, de dimensão europeia, cuja temática é a da promoção do conhecimento dos jovens sobre as florestas e o contributo que esta camada da população poderá dar para a proteção das mesmas.

Estas atividades apresentaram-se como uma alternativa ocupacional dos jovens que, por força da pandemia COVID-19, se viram privados de algumas das suas atividades regulares como, por exemplo, atividades presenciais na Universidade. Comprometidos com a salvaguarda e valorização da natureza e floresta, os jovens arregaçaram mangas para ajudar na concretização de diversas tarefas de limpeza de terrenos e controlo de infestantes, para que a ASPEA possa prosseguir a sua missão de educar e sensibilizar todos os públicos, desde a comunidade escolar, ao público em geral acerca das questões ambientais contemporâneas proporcionando, também, a fruição de espaços florestais. Estes espaços são, ainda, muito importantes para demonstrar que qualquer pessoa pode dar um contributo válido ao nível do voluntariado ambiental.

Os programas de voluntariado desenhados pela ASPEA pressupõem sempre uma intensa componente formativa dos jovens que neles se envolvem. A par das tarefas atribuídas aos jovens, são ministrados conhecimentos teóricos e práticos que enquadram o trabalho e que lhes conferem competências técnicas, científicas e de literacia ambiental, que valorizem o seu percurso pessoal e profissional.

Concretamente os voluntários ajudaram a fazer o controlo de manchas com espécies invasoras, removeram silvas que obstruíam caminhos e restabeleceram o funcionamento de linhas de água. Procederam ainda à recolha de resíduos que se encontram depositados nos espaços florestais. Os participantes são unânimes no reconhecimento das valias associadas ao voluntariado.

Para além de, no imediato, lhes dar uma ocupação útil para a sociedade, conseguindo adquirir uma experiência de vida aproximada à profissional enriquecendo assim os seus currículos. Também Joaquim Pinto (Presidente da Direção Nacional da ASPEA) refere que, na perspetiva da associação, ser voluntário não é apenas aparecer e fazer o trabalho. Enquanto entidade cuja missão é a de educar para um mundo melhor, que inclui o direito a um ambiente sadio, o voluntariado é, também, uma forma de trabalhar as competências relacionais como a colaboração, a afabilidade, a resiliência e adaptabilidade, o autoconhecimento e o reconhecimento do outro, as capacidades e mesmo o desenvolvimento de talentos, muitas vezes não identificados. Esta é uma dimensão que serve à formação do cidadão como um todo consciente, proativo e capaz. Existe assim uma feliz conjugação de fatores em que a crescente necessidade de cada um se sentir útil e válido (afirmar-se como cidadão ativo) e a necessidades que se registam nas organizações se alinham para resultados mutuamente benéficos.